Sete Lagoas dá passo histórico na saúde pública com fornecimento gratuito de sensores de glicemia
O investimento — de cerca de R$ 2 milhões em sua totalidade — é proveniente de emenda parlamentar da deputada federal Duda Salabert, viabilizada por meio do vereador Caio Valace, com complemento de recursos da Prefeitura de Sete Lagoas, anunciado pelo prefeito Douglas Melo, para a execução dessa importante iniciativa.
“Estamos adquirindo os sensores de monitoramento de glicemia! É uma tecnologia moderna que vai acabar com o sofrimento das picadas diárias para medir o açúcar no sangue. Nesta primeira etapa, atenderemos crianças e adolescentes que sofrem de diabetes tipo 1, dentro de 60 dias, sendo que os critérios e a forma de fornecimento serão amplamente divulgados posteriormente, assim como a definição das diretrizes”, anunciou o prefeito.
Atualmente, apenas quatro cidades de Minas Gerais possuem leis sancionadas em 2025 que autorizam o fornecimento gratuito de sensores de glicose para pessoas com diabetes tipo 1: Passa Quatro, Juiz de Fora, Belo Horizonte e Lagoa da Prata. Agora, Sete Lagoas passa a integrar esse grupo seleto, destacando-se entre os municípios que investem em inovação e cuidado humanizado no tratamento da doença.
Douglas Melo reforçou que o projeto representa um grande avanço na saúde pública municipal. “Hoje, dia 31 de outubro, é um dia muito especial para a nossa gestão, principalmente para os pais que têm os filhos lutando contra diabetes tipo 1, porque o município de Sete Lagoas começa a adquirir os sensores que fazem a aferição de glicemia. Isso quer dizer que principalmente as crianças não terão mais que passar por aquela picadinha que incomoda muito. Nós estamos fazendo esse trabalho desde o início do ano, reunindo aqui condições para que esses aparelhos possam ser comprados, mas nessa parceria com o vereador Caio Valace, que conseguiu o recurso em Brasília, nós estamos entrando com outra parte do recurso também, enfim, nós vamos dar mais dignidade. Principalmente para as crianças, como eu disse, e adolescentes, que serão os primeiros grupos neste momento que serão atendidos e depois nós vamos passar para todas as pessoas, nós queremos que o mais breve possível isso aconteça.”
O vereador Caio Valace, responsável pela interlocução para a destinação da emenda parlamentar, comemorou a conquista. “Estamos aqui celebrando, comemorando uma grande conquista para o Sistema Único de Saúde, que é dar o suporte para essas famílias que lutam, que têm uma convivência permanente com diabetes tipo 1. E isso é uma conquista que Sete Lagoas sai na frente, como uma cidade que desponta com o compromisso de abraçar todos. Então, Douglas, muito obrigado pela confiança, os pais que estão aqui, pela confiança.”
Durante o anúncio, o secretário municipal de Saúde, Jean Barrado, explicou o cronograma da implantação do programa. “Pretendemos, em 60 dias, começar de fato um programa de monitoramento contínuo da glicemia, que será fundamental para que a gente tenha melhores resultados no tratamento com diabetes tipo 1 e, principalmente, para melhorar a qualidade de vida dessas famílias que convivem com os pacientes com diabetes tipo 1”, afirmou.
Avanço na saúde pública e qualidade de vida
O diabetes tipo 1 é uma condição autoimune que afeta o pâncreas, impedindo-o de produzir insulina. No Brasil, segundo dados da Sociedade Brasileira de Diabetes, 92,3 mil crianças e adolescentes convivem com a doença, que não tem cura ou prevenção, mas cujo tratamento adequado evita complicações graves. O país ocupa o terceiro lugar no ranking mundial de incidência de diabetes tipo 1 infantil, atrás apenas da Índia e dos Estados Unidos.
