Justiça alemã encerra processo contra brasileiras presas por engano
Terça-Feira, 19 de Dezembro de 2023
O processo criminal na justiça alemã contra Kátyna Baía, de 44 anos, e Jeanne Paolini, de 40, "foi completamente encerrado" e "ambas foram consideradas inocentes", disse a advogada Luna Provázio, que representa as brasileiras.
Em março deste ano elas tiveram a identificação da mala trocada no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, e foram presas em Frankfurt sob a acusação de levar 40 kg de cocaína na bagagem. As duas permaneceram presas por 38 dias até serem liberadas após a comprovação de que eram inocentes.
O caso virou alvo da Operação Iraúna, da Polícia Federal em Goiás, que prendeu seis suspeitos de participarem do esquema que troca etiquetas de bagagens para enviar drogas ao exterior.
O método de ação dos criminosos, segundo as autoridades, consiste em retirar aleatoriamente etiquetas de bagagens despachadas e colocá-las em malas que contêm drogas. A operação já era conhecida pela PF, que investigava a quadrilha desde 2019, e há suspeita de ligação com a facção Primeiro Comando da Capital (PCC).
A advogada disse que vai entrar com pedido de indenização contra todos os envolvidos no crime que vitimou Kátyna e Jeanne. "Agora daremos início à ação de indenização contra o governo alemão e contra as empresas GOL e Dnata, que tiveram um dos seus empregados envolvidos diretamente no crime internacional de tráfico de drogas que ocorreu no aeroporto de Guarulhos, os quais participaram efetivamente para o ingresso das malas com drogas, conforme o relatório da Polícia Federal", afirmou. As duas companhias foram procuradas pela reportagem, mas não enviaram posicionamento até a publicação deste texto.
Fonte: O tempo