PF prende integrantes do PCC que pretendiam atacar e sequestrar autoridades
Quinta-Feira, 14 de Dezembro de 2023

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (14) uma megaoperação em São Paulo contra supostos integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) suspeitos de organizar um plano de sequestros e atendados contra autoridades. Entre os alvos do grupo criminosos estavam os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD- MG).
Agentes foram às ruas para cumprir três mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão no Estado de São Paulo. Policiais militares também participam da operação, batizada de “Irrestrita”, em alusão à célula dentro do PCC chamada de “Sintonia Restrita”. Ela atua com planos de ataques e mortes de autoridades, como policiais, promotores, delegados e políticos.
Um relatório de inteligência do Ministério Público de São Paulo (MPSP) aponta que a célula do PCC montou uma operação, batizada de “Missão Brasília”, para levantar endereços dos políticos. Eles vigiavam horários e até a quantidade de seguranças. De maio a julho deste ano, a facção gastou cerca de R$ 2,5 mil por mês com o aluguel de uma casa na capital federal. O local serviu de base para os criminosos.
O bando também teria gastado R$ 4 mil com transportes por aplicativo, durante 15 dias, para “correr atrás de terreno para compra”, além de R$ 44 mil em gastos como compra de aparelhos celulares, seguro, IPTU, alimentação, mobília e compra de eletroeletrônicos.
Na última sexta-feira (8) o promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do MPSP, se reuniu com a cúpula do Sistema Penitenciário Federal em Brasília. O encontro ocorreu na Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, responsável pelos cinco presídios federais do Brasil, que abrigam as lideranças da facção paulista.
Fonte: O tempo