Deputado critica postura de Zema na negociação sobre RRF: “Faltou política”

O deputado estadual Rodrigo Lopes (UNIÃO) criticou a “falta de política” do governador Romeu Zema na construção de uma alternativa ao Regime de Recuperação Fiscal./ O deputado considera que Zema protelou a construção de uma solução e ainda critica os principais agentes que podem, segundo ele, construírem uma solução: o senador Rodrigo Pacheco (PSD) e o presidente Lula (PT). 

“Se nós temos hoje um governo do Estado que precisa do senador Rodrigo Pacheco, precisa do governo federal, não dá para fazer #mentiratempernalonga, não dá para falar que é muita falação e pouca ação. Eu preciso da água do vizinho e do caminho do vizinho, e preciso respeitar o vizinho porque senão a gente vai para o litígio toda vez”, disse Rodrigo Lopes. 

A fala do parlamentar faz referência a críticas rebatidas por Zema a Lula e Pacheco após ambos “entrarem em campo” para buscar uma alternativa à adesão ao RRF defendida pelo governador mineiro. Os comentários ocorreram após membros do Congresso e do governo Lula relataram o distanciamento de Zema das negociações para construir um projeto para equacionar a dívida de Minas Gerais junto à União, superior aos R$ 160 bilhões atualmente. 

“Faltou política. Faltou possibilidade de pensar que vencemos uma eleição e a construção precisava ser feita com a Assembleia, com o governo federal, com o Senado e com o Congresso Nacional. Poderia ter sido tratado no começo do ano”, diz Lopes. O projeto de adesão ao RRF foi desarquivado em 10 de outubro deste ano após um pedido feito pelo governo em junho. No entanto, sem acordo prévio para tramitação, ele só começou a passar por comissões na Assembleia Legislativa posteriormente. 

Além do atual governador, Rodrigo Lopes avalia também que o governador Fernando Pimentel (PT) tem parcela de culpa na falta de solução do problema. Segundo ele, o petista poderia ter recorrido à presidente Dilma Rousseff (PT), bem como Zema poderia ter buscado uma solução com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), defendido pelo mineiro na campanha eleitoral de 2022. 

Fonte: O tempo