Em nota, UE e Mercosul afirmam que estão 'engajados' em finalizar acordo

Quinta-Feira, 07 de Dezembro de 2023

Em nota, UE e Mercosul afirmam que estão 'engajados' em finalizar acordo

O Mercosul e a União Europeia divulgaram uma nota conjunta na tarde desta quinta-feira (7) afirmando que estão "engajados" em estabelecer "discussões construtivas com vistas a finalizar as questões pendentes" sobre o acordo de livre comércio entre eloes que já tramita há mais de 20 anos.

Segundo o comunicado, "nos últimos meses, registaram-se avanços consideráveis" sobre o tema. Os blocos afirmam que "as negociações prosseguem com a ambição de concluir o processo e alcançar um acordo que seja mutuamente benéfico para ambas as regiões e que atenda às demandas e aspirações das respectivas sociedades".

E completam: "Com base nos avanços efetuados até a presente data nas negociações, ambas as partes esperam alcançar rapidamente um acordo que corresponda à natureza estratégica dos laços que as vinculam e à contribuição crucial que podem oferecer para enfrentar os desafios globais em áreas como o desenvolvimento sustentável, a redução das desigualdades e o multilateralismo".

Lula mostra frustração com falta de acordo

Ao se despedir da presidência rotativa do Mercosul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mostrou frustração por não ter conseguido selar, durante o mandato do Brasil à frente do grupo, o acordo de livre comércio do bloco econômico da região com a União Europeia. Ele ainda apontou culpados pela situação, como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Para o presidente, o tema não foi concluído por falta de “flexibilidade” dos europeus, uma vez que as exigências eram “inaceitáveis”. O petista ainda culpou ter herdado os termos do acordo elaborados em 2019, durante os mandatos do então presidente Jair Bolsonaro e do presidente da Argentina à época, o liberal Mauricio Macri. 
Ao desabafar sobre sua frustração, Lula voltou a criticar a falta de equilíbrio nos trechos do acordo. "A versão era inaceitável porque nos tratava como se nós fôssemos seres inferiores, como se nós fôssemos países colonizados ainda, com falta de respeito. Estranho a falta de flexibilidade deles de entender que nós ainda temos ainda muita coisa para crescer", pontuou.


Fonte: O Tempo